terça-feira, 17 de novembro de 2009

Dados do impacto de sonda da Nasa confirmam água na Lua

Os resultados do impacto que a Nasa (agência espacial norte-americana) realizou com uma sonda na Lua confirmaram quantidade significativa de água no satélite da Terra, divulgou a agência nesta sexta-feira (13).
A água representa um potencial recurso para sustentar uma futura exploração lunar.

Dados preliminares do LCross (Lunar Crater Observation and Sensing Satellite) indicam que a missão descobriu água com sucesso durante os impactos realizados em 9 de outubro, na região permanentemente coberta de sombras de Cabeus, próxima ao polo sul da Lua.

"Estamos extasiados", disse Anthony Colaprete, cientista do LCross e principal pesquisador do Centro de Pesquisa em Moffet Field, da Nasa.

"Múltiplas linhas de evidência" mostram que a água estava presente nas duas partes do material expelido pela cratera Cabeus, o que torna "seguro dizer que ela possui água", completa ele.

O grupo de pesquisa utilizou conhecidas "assinaturas" espectrais infravermelhas da água e de outros materiais e as comparou com o espectro próximo ao infravermelho coletado pela LCross para a verificação.

Cientistas especularam por muito tempo sobre a fonte de vastas quantidades de hidrogênio que foram observados nos polos lunares. As descobertas da LCross mostram que a água na Lua deve ser em maior quantidade e mais distribuída pelo astro do que suspeitado previamente.

O impacto criado pelo estágio superior do foguete Centauro do LCross criou um volume de material em duas partes a partir da base da cratera, diz a Nasa. A primeira parte era composta de vapor e poeira fina e a segunda, de materiais mais pesados.

Chaves

"Estamos revelando os mistérios de nosso vizinho mais próximo e por extensão do Sistema Solar", disse Michael Wargo, cientista-chefe lunar na sede da Nasa em Washington.

As áreas permanentemente sombreadas "guardam uma chave para a história e evolução do Sistema Solar", diz o comunicado da Nasa.

A agência espacial também diz que, desde que ocorreram os impactos, a equipe de cientistas da LCross "trabalhou sem parar" para analisar a gigantesca quantidade de dados que a nave coletou.

A equipe se concentrou em dados dos espectrômetros do satélite, que fornecem a mais definitiva informação sobre a presença de água. Um espectrômetro examina luz emitida ou absorvida pelos materiais, o que ajuda a identificar a composição deles.



Fonte:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u652093.shtml


Sonda registra Phobos e mostra detalhes da lua marciana

Que Marte tem muitas coisas em comum com a Terra, não há dúvidas. São desertos, canais, vales e vulcões adormecidos que em muito lembram nosso planeta. Mas dizer que a lua Phobos do Planeta Vermelho é parecida com nossa Lua, aí é preciso de muita imaginação.

 Fobos é muito estranho e irregular e de todos os satélites do Sistema Solar é a que mais próximo orbita o planeta- mãe, a menos de seis mil quilômetros de distância. É também muito pequeno, com cerca de 26 km de diâmetro e mesmo com esse diminuto tamanho conseguiu ser acertado em cheio por um objeto, que o marcou com uma cratera com a metade do seu tamanho.
A foto acima foi feita pela câmera de alta resolução HiRise, a bordo da sonda norte-americana Mars Reconnaissance Orbiter, MRO. A cena mostra uma das faces do satélite Phobos, marcada pela presença indisfarçável da grande cratera Stickney, de 9 mil km de diâmetro.
Mesmo com 1 milésimo da gravidade da terrestre, estrias de material ejetado após o impacto podem ser vistas deslizando pela encosta da cratera. As áreas claras e ligeiramente azuladas próximas à borda indicam uma superfície exposta relativamente jovem. A origem das ranhuras ao longo da superfície ainda permanece um mistério, mas de acordo com especialistas em geologia planetária pode estar relacionada à própria formação das crateras de impacto.
A cratera Stickney foi assim batizada em homenagem à Chloe Angeline Stickney Hall, matemática e esposa do astrônomo Asaph Hall, que descobriu as luas marcianas em 1877. Entre 2011 e 2012 a Rússia pretende enviar à Phobos a sonda interplanetária Fobos-Grunt, que será a primeira nave terrestre a retornar à Terra com rochas de outro planeta.
Phobos encontra-se abaixo da órbita síncrona de Marte e lentamente cai em direção ao planeta à razão de 1.8 metro a cada 100 anos. Dessa forma, dentro de 50 milhões de anos Phobos se aproximará tanto de Marte que as forças gravitacionais simplesmente romperão a rocha, produzindo um pequeno anel ao redor do Planeta Vermelho.


Fonte:

www.apolo11.com